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 Let It Die.

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Alice
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Alice

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Data de inscrição : 21/11/2010

Let It Die. _
MensagemAssunto: Let It Die.   Let It Die. EmptySeg Jan 10, 2011 3:56 am

Let It Die.

Tudo começa quando se nasce. A vida se inicia toda pintada de branco, não existe o preto da maldade ou qualquer outra cor, é tudo perfeitamente branco, sem falhas ou defeitos. Quando se cresce o branco começa a se colorir com os sentimentos, e as cores mudam de pessoa para pessoa. Para Elise e Aaron não era diferente, eram tão iguais na sua aparência e aparentemente na personalidade, mas a cor que coloriu o que antes era o branco de cada um era diferente, e por mais que fossem tão iguais as cores do coração os tornavam completamente diferentes.

Aaron era o típico garoto que onde quer que vá chama a atenção, expressivo, bonito e incrivelmente simpático. Aos dezesseis anos era o garoto mais disputado da escola, mas só tinha olhos para uma única garota: Cristine Weinberg, a beleza de cabelos loiros e olhos cor de mel, ela fingia ser uma inocente, mas era arrogante e mimada, mesmo assim era bela. O único problema era que ela e Elise simplesmente se detestavam e o garoto sabia que se ficasse com ela a irmã ficaria decepcionada, e o dono dos belos olhos azuis não gostava nenhum pouco de ver a irmã triste.

Mas Elise tinha seus motivos para detestar Cristine. A garota-ao contrário de todos - enxergava através daquela face de boneca e sabia o quão podre a loira era e nunca que a deixaria ficar com seu Aaron, sim seu e somente seu. Por trás da princesa simpática e disputada estava uma garota séria e fria, obcecada pelo irmão. Ela abriria mão de tudo por ele. Sua paixão era doentia, doentia ao ponto de deixá-la completamente louca.

Era um dia ensolarado de verão quando Aaron chegou a casa com um sorriso alegre na face. Assim que o irmão passou pela porta, Elise que estava sentada no sofá lendo um livro notou a felicidade excessiva do irmão e logo desconfiou de algo.

-Aconteceu algo Aaron? Está tão contente. - Ele olhou para a irmã e corou um pouco. A mais sentiu uma dor no peito, como se algo estivesse prestes a apunhalar seu coração.

-Bem... Herrmm... Eu tenho algo para te contar, El. -Os olhos azuis cor do céu da mais nova se encontraram com os de seu gêmeo, não havia brilho em seu olhar.

-Fale de uma vez, não gosto de pessoas que ficam enrolando tanto que perdem a coragem de falar. -Falou tão gelada que Aaron sentiu sua alma congelar. Ele sabia que a irmã tinha uma personalidade distorcida, nunca estável, mas agora ela estava mais gélida do que ele nunca tinha visto antes.

- Me desculpe El, realmente me desculpe, mas eu comecei a namorar a Cristine. -A única coisa que Aaron ouviu foi o barulho do livro da irmã caindo no tapete. Olhou para a mais nova e viu que ela estava branca, como se tivesse visto um fantasma. -Elise? Você est. - Antes que pudesse começar a falar foi cortado pela voz da irmã.

- Como pode namorar aquela bruxa? Aaron, ela não quer nada com você! Ela só quer brincar com seu coração, não pode ver isso? Você me prometeu, prometeu que NUNCA teria nada com aquela bruxa, vadia, miserável, vaca, mimada! VOCÊ ME PROMETEU!-Elise berrou alto o suficiente para chamar à atenção da mãe que estava na cozinha, Maritel olhou para os irmãos, aterrorizada. Em dezesseis anos essa era a primeira briga deles.

Aaron não disse nada, não havia o que ser dito. Elise passou por ele e subiu as escadas para seu quarto e trancou a porta. Ligou o belo lustre de cristal e pulou na sua cama, com leves lágrimas caindo de seus olhos. Logo em seguida, adormeceu.

-•-

No outro dia de manhã, Aaron não viu a irmã. Perguntou à mãe se Elise ainda estava dormindo e se surpreendeu quando soube que a mais nova já havia ido para a escola. O garoto não pensou no por que a irmã sairá tão cedo, apenas se se sentou à mesa e pegou uma torrada, mas não sabia por que tinha a sensação que algo nada bom estava para acontecer.

Elise já estava na escola encostada perto do muro de tijolos, apenas esperando. Quando avistou uma pessoa loira andando até o portão da escola. Esperou o momento certo e quando Cristine já estava um tanto distante dela, esticou sua mão e segurou o pulso da loira, que se virou assustada. Mas a face assustada foi logo substituída por uma de completo desprezo.

-Há, olá Northway. -Disse Cristine fria como o gelo. -Algo para falar comigo?

-Como você é cínica Cristine, como se você já não soubesse o que é. -Elise rebateu no mesmo tom frio. A loira acenou para suas seguidoras irem andando na frente que ela ia trocar algumas palavras com a dona dos olhos azuis.

-Há querida, está assim por causa do Aaron não é? Desculpe-me, mas você sabe Elise, eu o amo tanto... –Os olhos cristalinos de El adquiriram um brilho sombrio quando a garota falou aquilo.

-O ama? Não me faça rir Weinberg!-Ela disse com a voz fria feito gelo. - Só está com o Aaron para esquecer o fora que levou do Ryan. - Elise finalizou sem dó ou pieadade, do modo mais maldoso que conseguiu.

-Ora sua... - Antes que Cristine pudesse reagir, Elise olhou para a cara dela e disse num tom extremamente sério.

-Se você fizer algo contra meu irmão, considere-se morta. - Ela disse por fim, no mesmo tom sério e frio. Cristine apenas riu.

-E quem vai me matar, você? Poupe-me dessas ameaças!- Disse rindo e saindo de perto da Northway, que apenas sorriu de lado e também voltou a andar.

-•-

Um mês havia se passado depois da ameaça de Elise, e o namoro de Cristine e Aaron parecia que estava mesmo dando certo. Maritel - mãe dos gêmeos- odiava o clima que perpetuava na casa. Os irmãos não se falavam e nem olhavam para a cara um do outro, e ela não sabia o que fazer. Aaron e Elise sempre foram unidos, nunca houve a necessidade de conversar com eles para fazerem as pazes um com o outro e por mais que ela tentasse alguma coisa, nada dava certo. Estava completamente desesperada.

Era uma tarde de abril quando Aaron foi para o shopping com seus amigos e Cristine. Elise estava em casa, mas sentia que algo terrível ia acontecer com o irmão, e ela podia ter certeza que era algo que o afetaria bastante. Pegou o celular e discou um número, e rezou para que atendesse.

-Fala El!-Disse uma voz feminina no celular. Era Katherine Asriel, melhor amiga de Elise.

-Oi Kathe. -A garota de olhos azuis falou docemente- Eu preciso de um favor seu.
-Estou as suas ordens chefia!-Disse a outra garota risonha.

-Preciso ir ao shopping, urgente. - Katherine só respondeu um minuto depois.

-Pelo amor de deus El, deixa de neura! Deixe seu irmão ser feliz com aquela porca! Eu sei que você o ama - até demais -mas deixe o garoto viver a vida dele!- Ela disse irritada.

-Mas eu tenho uma sensação que algo terrível vai acontecer com ele. -Elise disse quase num sussurro.

-El, é só uma ida ao shopping. Não tem o que se preocupar. – Kathe tentou acalmar a amiga, que suspirou profundamente e disse um leve sim. Seu coração gritava para que ela corresse até onde seu irmão estava, mas controlou a sua vontade e ligou a TV de seu quarto.

Quando o relógio indicava sete horas da noite, a porta de casa foi aberta. Elise no mesmo instante desligou a TV e desceu as escadas até a sala, e se assustou com o rasto completamente abalado do irmão. Não teve coragem de perguntar, mas logo seu celular tocou. Era Katherine.

-El, me desculpe, eu... Desculpe-me!-Kathe dizia extremamente abalada, quase chorando.
-A Cristine, ela... Ela... –Não conseguiu completar a frase, pois foi dominada pelas lágrimas.

-O que tem aquela filha da puta fez com o meu irmão?-Elise perguntou com os olhos dominados pelo ódio.

-Ela deu um fora nele. E deixou bem claro que ele era um idiota, que ela nunca o amou e que só estava com ele para fazer Ryan sentir ciúmes e voltar com ela. Cristine o humilhou na frente de todos. –Katherine contou a história de uma forma simplificada. - Se eu não tivesse te impedido... El? El você está aí?

O celular estava caído no chão. O cabelo comprido da garota estava na frente de sua face, e seus olhos possuíam um brilho que poderia ser comparado com as chamas do inferno.
No outro dia de manhã, Aaron não foi à escola, estava deprimido demais para isto. Elise também não deu as caras na escola, a porta do quarto estava trancada por dentro e Maritel não havia conseguido destrancar, então acabou deixando a filha dormir.

Se é que ela estava dormindo.

-•-

Eram quase três horas da manhã e Cristine ainda não tinha conseguido dormir. Algo a estava perturbando e ela estava mais perturbada ainda porque não conseguia pensar o que a estava deixando daquele jeito. Ouviu barulho de passos na casa e levantou da cama num pulo, respirando mais rápido do que o normal. Seus pais estavam viajando e sua irmã na casa de uma amiga, então ela estava completamente sozinha.

Abriu sua gaveta e encontrou um fósforo, uma vela e um pires para casos de falta de luz. Acendeu a vela e a colocou de pé no pires, caminhou lentamente até a porta do quarto e a abriu tentando fazer o mínimo barulho possível. Iluminou o corredor e não viu nada, mas mesmo assim aquela sensação não havia sumido.

Caminhou devagar pelas escadas, então ouviu passos atrás dela e se virou rapidamente, mas não havia nada. Desceu alguns degraus olhando para cima, com a respiração acelerada. Cristine acabou tropeçando e deixou o pires escapar de suas mãos. A vela se apagou e a única coisa que ela ouviu foi o barulho do pires partindo-se na escuridão da sala.

Desceu a escada correndo e caiu de joelhos, procurando desesperadamente pela vela. Ouviu o som de passos e ficou desesperada. Achou a vela, mas suas mãos trêmulas deixaram-na cair, quando se virou para segurar a vela, sentiu algo atravessando suas costas. Quando estava prestes a gritar, a faca foi retirada e Cristine se virou respirando com dificuldade, o rosto do seu agressor ainda coberto pelas sombras.

Ele foi mais rápido que ela e jogou a faca, acertando em cheio o peito dela. Cristine caiu no chão. O assassino pegou a faca e enfiou em várias partes de seu corpo, fazendo-a se contorcer de dor. Por mais que tentasse, sua voz não saía de sua garganta, não conseguia gritar de tanto medo, então finalmente a facada final foi dada, no meio do seu coração. Cristine não tinha mais forças para reagir, então começou a fechar os olhos, mas antes que a escuridão viesse viu um belo rosto iluminado pela lua, então fechou os olhos para nunca mais abri-los.

Elise estava com suas roupas todas manchada de sangue, e as luvas em suas mãos também estavam. Em seu rosto também havia sangue, mas não era aquilo que chamava mais a atenção e sim seu sorriso frio, como se o que tivesse feito pouco importasse.
Saiu da casa e foi em direção a um terreno baldio, onde havia uma mochila, caixas e mais caixas de fósforos e querosene. Tirou as roupas ensanguentadas e as jogou no canto. Jogo querosene em cima delas, acendeu uma quantidade incertas de fósforos até ver as roupas queimando.

Foi se distanciando do local em passos rápidos, cada vez mais distantes.
Um riso assustador tomou conta do silêncio da madrugada.

-•-

No outro dia, Aaron estava jogado em sua cama, sem fazer absolutamente nada, ainda abalado com o término do namoro. Não queria saber de nada e nem de ninguém, só saia dali para comer e nada mais. Seu celular tocava raramente e quando tocava ele não atendia, o que fazia a pessoa que ligou desistir de ligar.

E mais uma vez aquele celular infeliz tocou. O garoto de cabelos castanhos e jogados de lado nem se deu o trabalho de atender, logo ele pararia de tocar, então para que atender? Mas dessa vez foi diferente. Ele tocou quatro vezes e na quinta vez, Aaron decidiu atender por não suportar mais aquele toque irritante.

-O que é?- Perguntou com a voz quase sem emoções.

-Aaron! Você não atende o celular não é mesmo?-Uma voz feminina disse irritada. – Eu estava louca para falar com você!

-Então não perca seu tempo e fale de uma vez o que quer Elizabeth. -A outra suspirou profundamente.

-A Cristine... Ela...

-O que houve com a Cristine?-Perguntou Aaron com os olhos arregalados.

-Ela foi assassinada, Aaron. Era só isso que eu queria te dizer, adeus. -Ela disse e desligou.
Aaron deu alguns passos para trás, sem saber o que fazer. Sentou-se na cama e gritou alto. Logo Elise abriu a porta assustada com o grito.

-Aaron, você está bem?-Ela perguntou surpresa.

-Eu tenho cara de quem está bem Elise? Responda-me. -Ele disse extremamente frio.
-Não, mas...

-Então não faça perguntas desnecessárias! CRISTINE ESTÁ MORTA! Nada mais me importa.-Dizendo isso se levantou e bateu a porta na cara da irmã. Elise estava com os olhos arregalados, seu irmão estava sofrendo.
E era sua culpa.

Retirou-se para o seu quarto e se deitou na cama, lembranças de um passado distante começaram a reaparecer em sua mente, e a morte de Cristine se misturou nelas. Começou a sentir o peso daquela morte, seu coração estava incerto e ela estava perdendo o rumo de seu pensamento, apenas ria.

Ria porque não conseguia dominar o que sue corpo fazia.

-•-

Aos poucos Aaron foi voltando a si, esquecendo aos poucos Cristine e voltou a ir à escola, voltou a sorrir. Entretanto, Elise estava cada vez mais perdida num mundo imaginário. Elise passava o dia sentada no sofá da sala segurando seu ursinho e olhado para o teto, mal falava e mal comia. E ela chorava, chorava sem aparentar motivo algum.

Desde o assassinato de Cristine, oito meses haviam se passado. Eles estavam em dezembro, a neve caía do lado de fora e a paisagem começava a se tornar completamente branca.

A família Northway estava jantando, ou melhor, apenas Maritel e Aaron estavam e Elise só olhava para seu prato. Maritel tentou convencer mais uma vez sua filha a se alimentar.

-Elise, por favor, coma. Você não pode ficar assim para sempre!- A garota olhou para a mãe sem expressão alguma na face, apenas os olhos tristes e solitários de sempre. Se levantou e pegou o prato.

-Eu vou tomar um banho... -Disse com a voz triste e muito baixa. Pegou o prato e o levou para a cozinha, logo depois subiu as escadarias, e minutos depois, Aaron e Maritel ouviram o barulho do chuveiro.

-Vamos dormir Aaron. -Maritel disse, suspirando profundamente. O garoto assentiu e subiu as escadarias ao lado da mãe, até que se separaram.

Eram mais ou menos duas da manhã quando Aaron acordou com fome. Quando colocou os pés no chão, ele se assustou. Havia água até seu tornozelo, mas não ouvia o barulho de nada ligado. Correu até o quarto da mãe e a chamou, logo os dois começaram a tentar diminuir o nível da água.

-Mãe, não é melhor chamar a Elise para nos ajudar?-Perguntou Aaron.

-Porque não? Eu vou chamá-la. -Dizendo isso caminhou até o quarto da filha. Bateu na porta e nenhuma resposta, quando notou que ela estava aberta, não hesitou em abri-la. –El, venha nos ajudar a tirar... – Foi então que percebeu que o quarto estava vazio. O medo inundou seu ser.

Olhou para o banheiro. Correu até lá e tentou abrir a porta, estava trancada. Maritel começou a forçar a maçaneta, desesperada.

-Mãe, o que foi?- O garoto perguntou preocupado, mas sua mãe não conseguia falar. Resolveu ajudá-la a abrir a porta do banheiro e depois de muito tempo, conseguiram. Quando ligou a luz, ele caiu para trás e Maritel berrou, caindo de joelhos no chão.

O corpo de Elise flutuava levemente pela água. Usava uma camisola branca, que possuía como uma faixa de penas brancas por cima de uma malha cobrindo os seios, e logo depois dessa faixa ela era transparente, até metade da coxa onde tinha algumas penas brancas. O cabelo estava molhado e os olhos fechados.

Mas a própria Elise e a água ao redor estavam cobertas de sangue. Os pulsos da garota estavam cortados, e no seu coração havia uma faca. Maritel arrastou-se até a filha, e pôs a cabeça da menina no colo, enquanto Aaron observava tudo, chocado.

-Minha querida Elise... -Ela disse entre as lágrimas. -O mundo nunca foi justo para você minha pequena... No seu aniversário de sete anos você havia saído com o papai para comprar seu presente... Aqueles bandidos apareceram e mataram o papai diante de seus olhos, e depois fizeram aquelas coisas horríveis com você... -Ela disse chorando muito. – Você teve ataques e mais ataques depois disso, eu sempre escondi tudo do seu irmão, escondi que você tinha um transtorno e que a fazia surtar... Mas você melhorou e eu... Eu pensei que estava tudo bem, mas não estava. Agora você teve o mais forte dos surtos e... Eu não pude fazer nada para impedir. Minha princesa, minha filhinha querida, mamãe está aqui, acorde, acorde... -Disse balançando a garota de leve.

Aaron nunca havia imaginado que Elise tinha problemas mentais. Ela tinha surtos e ele nunca notou. Sua própria irmã havia se tornado esquizofrênica (ou pelo menos ele achava que era, não tinha certeza), e ele nunca haviam percebido. Ajoelhou-se perto da mãe e a abraçou, enquanto ela gritava desesperada para que sua princesa acordasse.

-•-

A vida na casa dos Northway havia se tornado um inferno após a morte de Elise. Sua mãe havia entrado em depressão e começou a beber, bebia até vomitar. Havia deixado de trabalhar e não estava nem aí para o primogênito. Aaron ia para a escola, mas tinha medo de ir e a mãe sair para beber e só voltar no outro dia de tarde, como já havia acontecido uma vez.

O garoto estava cansado de tudo. Sua vida só piorava, parecia que havia um complô contra ele. Corria pelas ruas de volta para casa, estava com um amigo jogando no vídeo game novo dele, mas quando percebeu que passará tempo demais fora, saiu imediatamente.
Quando chegou a casa e abriu a porta, gritou pela mãe. Nada.

Subiu as escadarias correndo e abriu a porta do quarto de Maritel. No chão havia o que antes era uma taça estava reduzida a cacos, e na cabeceira da mesa, a caixa de remédio estava vazia. Tocou no corpo da mãe. Estava frio que nem gelo.

Aaron se levantou e bateu com as mãos na parede e começou a falar mal de si mesmo. Era tudo sua culpa, se não tivesse demorado tanto sua mãe não teria pensado que ele a havia abandonado, era sua culpa.

Então, se deu conta da verdade, e que todos os fatos estavam ligados entre si.

Elise, sua tão querida irmã que parecia normal, mas era louca. Sua querida irmã que enlouquecida pelo ódio havia matado Cristine. Sua querida irmã que ao ver ele triste ficou confusa e as lembranças voltaram com força total, colocando Elisa numa crise que não havia saída e que a levou ao suicídio. Suicídio que enlouqueceu sua mãe, que a fez beber e tomar mais remédios do que deveria, e que por não aguentar a perda da filha havia morrido de overdose.

E ele era o culpado de tudo isso.

Abriu a gaveta da cômoda da mãe e encontrou um revólver. Colocou-o dentro da boca e preparou-se para puxar o gatilho.

Ele deixou todos que amava morrerem, não tinha porque continuar vivendo.
Fechou os olhos e não hesitou em apertar.

Seu corpo caiu em cima do da mãe, e o tecido branco da cama foi manchado de vermelho.

Os corações gêmeos que haviam tomado rumos diferentes, agora estavam para sempre iguais: A escuridão negra que havia os condenado ao castigo eterno pelos seus crimes de vida.

Porque aqueles que perderam tudo e acabaram com a própria vida por causa disso estão condenados a sofrerem eternamente pelo peso de seus crimes.

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Aí que trabalheira ess afic me deu, mas aqui está ela. Grande? Eu sei, pensava em dividir, mas não ficaria legal, ela é one-shot, vocês devem ter notado. Mas essa fic é minha obra prima, eu espero que o final tenha sido pelo menos digno da história.
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